Durante cinco anos, convivemos todos os dias, nove meses por ano, cinco dias por semana, pelo menos cinco horas por dia. Não éramos os melhores amigos do mundo, não nos conhecíamos a todos muito bem, mas foram cinco anos. Houve invejas, confusões, dramas. Houve, momentos de união, momentos alegres e bem passados. Houve muito e pouco ao mesmo tempo, mas foram cinco anos. Crescemos juntos. O significado que cada um de nós tem para o outro, pode ser relativo. Mas se olharmos para o global, fomos importantes, crescemos uns com os outros. Apesar de tudo. Até podemos viver muito bem uns sem os outros, mas foram cinco anos. E de quando em vez, encontramos uma dessas pessoas e falamos durante dez minutos, e nesses dez minutos vêm muitas coisas à memória. E por incrível que pareça, vêm sempre e só as coisas boas primeiro. E bate aquela saudade. Que na altura não demos importância, mas que agora dávamos tudo para poder voltar ao passado e aproveitar mais. Podemos nunca mais nos ver, mas quando pensarmos naquela fase da nossa vida, de uma maneira ou de outra, estamos lá todos, éramos uma equipa. Afinal, sempre foram cinco anos.
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