sábado, 15 de maio de 2010

Também mereço falar sobre a campanha da Sumol

Ora bem,
Tem dias em que sou chata, tem dias em que sou das melhores companhias do mundo. Tenho dias em que saio à noite, tenho dias que o que mais me apetece é ficar no meu sofá. Tenho dias em que me levo a sério, tenho dias em que só sai parvoíce desta boca. Visto cinzento muitos dias, mas quase sempre misturado com cores, o bege, pronto até que fica de lado, e por aí vai continuar. Peço muitas vezes para baixar a música, simplesmente porque tenho problemas de ouvidos e faz-me confusão, mas até que é tolerável durante umas horas, vá. Posso não pegar assim muitas vezes na minha guitarra, mas também não apanha pó, porque está sempre enfiada na sua bolsa, gosto de conservar as minhas coisas, sim? Não acho que seja politicamente correcta ou incorrecta, não ligo nenhuma a isso, convém até ser socialmente evoluída já passamos as fase dos Homo Sapiens, economicamente consciente não sou, nem nunca serei, o que hei-de fazer? Parece que o dinheiro derrete-se quando vem parar às minhas mãos. Não vou para onde toda a gente vai, como um rebanho, vou para onde quero e acho que devo ir. Não sou homem, por isso nunca irei usar fato e gravata todos os dias, mas até que quero, quando começar a trabalhar, andar mais formal, acho bem, dá um ar profissional à coisa e até pode ser que me levem a sério, dá sempre jeito, se já tivermos trinta anos. Beijo em público e sempre beijarei, mas nunca  vou fazer espectáculo na rua. Viagens no sofá? Nunca, adoro sair e passear e duvido que isso mude com a idade. Tal como nunca vou deixar de ser quem sou, isso só muda na adolescência, não na meia idade. Não tenho a mania de me sentar ao colo dos amigos, e também não me vou esquecer de como se faz um quantos-queres ou um barco de papel, estou sempre a fazê-los, e se por algum motivo me esquecer, está sempre ali o livro de Origami para me ajudar a relembrar. Não hei-de ficar nervosa se não trocar de carro de quatro em quatro anos, até porque sou bastante apegada às minhas coisas, e além do mais ainda nem tenho carta quanto mais pensar em carros. Já agora desatino se vou para um hotel e não dão toalhas, quer se dizer, uma pessoa paga para termos as coisas, não havemos de nos chatear se não nos dão o que temos direito? Rosto macio tenho as minha duvidas, hidratado sempre. Tornar-me crescida é o que espero, apesar da síndrome de Peter Pan, não quero chegar aos 40 e comportar-me como se tivesse 20, preocupo-me com tudo, gosto de ser cautelosa e de pensar nas coisas. Faço sempre tudo e detesto o "vai-se andando", não faz parte de mim essa filosofia. Digo não muitas vezes, talvez tantas como sim, tenho medo, muitas vezes, acho que não posso quase sempre, e que não devo muitas vezes, mas faço e não tenho vergonha. Às vezes sou triste, como todos nós, depende dos dias, mas são sempre mais os dias de felicidade, e por esses dias que vou sempre esforçar-me e lutar, porque dá trabalho sermos felizes. Nesses dias e em quase todos os outros, não bebo refrigerantes, porque fiz um pacto comigo mesma, porque quero ser mais magra e mais saudável. E mesmo, naquele dia por semana em que me deixo beber um refrigerante, nunca é um Sumol, não gosto, e sou 100% fiel à minha Coca-Cola. E sim, aqui fica uma ideia, depois de leres este texto, de avaliares a minha pessoa, que é agora o que espero vir a ser sempre, ou melhor, escolhe se vais querer falar comigo ou não. Porque ser original é sermos nós próprios e não ter as mesmas ideias que uma campanha publicitária. Aqui está a minha.

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