terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Mais um pouco de Milão

O segundo fim de semana em Milão foi marcado pela casa cheia de gente e pelos muitos passeios em que fiquei, realmente, a conhecer a cidade [obrigada por teres sido a nossa guia, Rita]. Começamos, outra vez, pela Duomo mas o objectivo era mesmo chegarmos ao Luini [já era hora de almoço] para comer os melhores panzerotti da cidade. Já de barriga cheia começamos, efectivamente, a nossa tour e depois da passagem pelas Galerias Vittorio Emanuele fomos conhecer o famoso Teatro La Scala. Dizem que por dentro é lindo mas ainda não o visitei, por fora, mais uma vez, fiquei desiludida. Estava à espera de um edifício imponente e deparei-me com isto,que mais parece a Camara Municipal de Lisboa, ou então sou só eu a ser mazinha. Esperemos que o interior seja melhor.


Como em bom grupo de arquitectos que estávamos, tinhamos que ir ver a Torre Velasca, esse edifício icónico dos anos 50. Feio que dói, é verdade. Este só não foi uma desilusão porque eu já sabia ao que ia.

Depois de muitos andarmos por ruas e mais ruas fomos parar à igreja de San Lorenzo. Adorei o parque que tem à sua volta porque se via de tudo — famílias a brincar com as suas crianças, velhotes sentados nos bancos à conversa, casais de namorados e amigos a tocar guitarra na relva.

Um pouco mais à frente tem-se uma das portas Ticinese [mais tarde descobri que havia duas, uma no inicio da rua e outra no fim] e logo me lembrei das aulas do Técnico, sim, por aqui anda-se um bocadinho e reconhece-se um edifício ou qualquer coisa outrora vistos numa tela de sala de aula.

E as aulas de história foram relembradas logo a seguir quando visitámos a igreja de Santo Ambrósio [o santo padroeiro da cidade]. A igreja em si não me diz muito, mas esta entrada é qualquer coisa de espetacular. No piso enterrado da igreja podemos encontrar a relíquia de Santo Ambrósio, que neste caso não é só uma das partes do seu corpo, mas todo ele, enrolado em panos brancos, exposto num caixão de vidro.

Mesmo coladinho à Igreja temos a Universidade Católica, por fora parece só um conjunto de prédios normais que nem damos conta de serem uma faculdade mas estando lá dentro há uma sucessão de vários pátios muito simpáticos. Ainda apanhamos a festa de graduação dos alunos, estavam todos bem vestidos e com coroas de flores na cabeça. Já andavam bem alegres a meio da tarde.

Este passeio ainda continuou até à via Torino, uma das ruas mais famosas por aqui para fazer compras. No fim desta rua e como quase todos os caminhos, acabámos o nosso passeio no sítio onde começámos, a Duomo [já percebi que é impossível andar pela cidade sem ir lá parar, tudo culpa da sua forma concêntrica]. E para aproveitar o fim do dia/noite, fomos conhecer a Expo [os bilhetes a partir das 18 horas eram mais baratos]. Uma confusão pegada de gente, tudo a abarrotar e dado o nosso grande grupo não deu para ver muitos dos pavilhões [na minha segunda visita, consegui conhecer mais um bocado] mas deu para ficar com uma ideia do que é este fenómeno das grandes feiras internacionais [já que pouco me lembro da nossa de 98].

São quase 2km de rua com pavilhões de todos os lados e com ainda mais alguns paralelos. Esta foto demonstra bem a multidão que por aqui andava.

O pavilhão do Brasil, um dos mais concorridos por causa da sua rede elástica percorrível.


Um detalhe do pavilhão de Inglaterra que foi considerado o mais bonito de toda a exposição [o tema era a colmeia] só foi pena eu não conseguir andar no seu chão de vidro e apreciar todo o seu encanto.

O meu pavilhão preferido, o da França, achei imensa graça à sua forma e aos produtos exibidos por todo o lado [paredes e tecto] e da explicação que davam do mundo e do consumo de comida.

O pavilhão do Equador também estava engraçado com as suas correntes coloridas que só faziam lembrar missangas [havia muito boas ideias arquitectónicas e artísticas por aqui].

Por fim, o pavilhão onde acabámos a noite, e o que era o mais original para mim — o da Holanda — que era simplesmente composto por um conjunto de barraquinhas de comida e cerveja e claro, um com um DJ. Música bem boa, que tornou o nosso regresso a casa super energético e bem disposto.

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