quarta-feira, 22 de maio de 2013

Este blog

É importante para mim, tal como és, tu, a primeira pessoa a quem o mostrei. Afastámo-nos, não sei bem porquê [ou então sei e nem me interessa] mas eu continuo a pensar em ti, em grande parte dos dias. Aquelas parvoíces das quais nunca tive pudores de partilhar contigo agora ficam aqui fechadas, mas quantas e quantas vezes já não peguei no telemóvel a pensar que te tinha que contar isto ou aquilo. O que era o nosso hábito, de falar todos os dias, de tudo e de nada, foi passando e parece que agora é difícil começar uma conversa [quando a primeira aconteceu por causa de uma aula de história, que eu nem tinha], que no fundo nunca se tornou difícil. Porque somos inevitáveis. Quando falamos, falamos com vontade, quase como se não tivesse existido um intervalo de tempo entre o nosso ontem que já passou faz tempo. É inevitável eu não ter saudades tuas, tanto como não é o de abraçares-me e dizeres que gostas muito de mim, mesmo quando já não nos víamos há uns quantos meses. Isto tudo tornou-se estranho, mesmo naquela noite em que me preencheste o coração. Posso já não dizer nada sempre nem tu, mas não há dia que passe e que não me lembre do parvo que és e da chata que sou. Porque no fundo, somos inevitáveis. E tu sabes disso, tão bem ou melhor que eu.

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