sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Coisas extremamente importantes

Ainda estou para chegar ao dia em que percebo as casas imaculadas, com tudo sempre arrumado, limpo na perfeição. A mim faz-me confusão, faz-me parecer que ninguém vive lá ou se vivem é só mesmo para as limpezas e para as arrumações. Não consigo. Para mim, é impensável ter a secretária arrumada, há sempre isto ou aquilo que preciso, em tempo de estudo fica tudo quanto é necessário espalhado por tempo indeterminado. Tenho montes de folhas para arquivar, dossiers para organizar e tudo e tudo, mas tem lá uma pessoa paciência para isso quando programas muito mais interessantes se sobrepõem a tudo quanto é arrumação e limpezas no geral. Acho mesmo, que desde que saibamos onde está tudo o que é necessário e que a nossa casa não chegue ao caos de verdadeiros acumuladores, está tudo bem. Porque se formos a ver, nós não andamos por aqui assim tanto tempo e agora pensando fatalmente, queremos mesmo que as pessoas se lembrem de nós por termos uma casa arrumadinha ou por todos os momentos que tivemos, com essas pessoas, dentro e fora de nossa casa? Como em tudo, é necessário um equilíbrio. E não será mesmo esse o objectivo das nossas vidas? Vivermos de forma equilibrada. Sim, que podia arrumar a minha roupa todos os dias, mas prefiro fazê-lo uma vez por semana, tudo de uma assentada. Acho que me faz poupar tempo. E dá mais gozo ver as coisas arrumadas depois de uma certa desorganização, do que ver sempre tudo, impecavelmente no lugar. Pronto. São só devaneios.

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