quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Dos amigos

Em Portugal nunca tive um grupo de amigos, daqueles que se juntam sempre já sem ter que combinar nada. Tenho as amigas de sempre, as do secundário, as da faculdade e por aí. Tenho a facilidade de quando junto todas dão-se super bem [elas dizem que eu tenho o dom de juntar pessoas] mas nunca tive assim um grupo, grupo que se possa dizer que são sempre aquelas com quem estou. Não que eu me importe porque no fundo foram as decisões da minha vida que me levaram a isto [sempre que mudávamos de escola iam todos para um lado e eu para outro] mas por vezes até acho que era bom. Aqui, em Milão, achei que ia arranjar o meu grupo de amigos para tudo e mais alguma coisa — saídas, viagens e afins. Coisa que também não aconteceu. Tenho os amigos de Projecto, os do italiano e das outras disciplinas. Estou sempre com as pessoas em separado e acabei por, mais uma vez, não ter um grupo. Afinal, descobri que sou mesmo assim e não há nada a fazer. Sei que dou-me com as pessoas que quero e que afinal, um grupo de amigos não significa tudo. Que isto mais vale poucos e bons do que muitos só porque sim.

1 comentário:

Anónimo disse...

também nunca fui pessoa de pertencer a grupos de amigos. nunca me senti integrada o suficiente para isso. acho que se pode contar pelos dedos de duas mãos os amigos que tenho, aqueles com quem mantenho contacto, mas nunca pertenceram a um grupo.

ás vezes sinto falta de ter mais amigos, de ter de facto um grupo para as loucuras, mas pronto

Beijinhos
Ariadne
http://historiasdeariadne.blogspot.pt